sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Prosperidade, onde?

Retirei este artigo das crônicas de José Paulo Kupfer e gostaria de compartilhar com aqueles que aqui acessam:

De que prosperidade vivem falando?

Foi mínima a repercussão de uma entrevista da diretora executiva do Programa Alimentar Mundial (PAM), da ONU, Josette Sheeran, na quarta-feira, em Londres, à agência de notícias Reuters. Ela falou sobre o aumento da fome no mundo e o simultâneo encolhimento do fundo da ONU que fornece recursos para mitigar o problema. Ao mesmo tempo em que o número de famintos no planeta, com a crise global, passou, pela primeira vez, de 1 bilhão de seres humanos, o fundo emergencial bateu no nível mais baixo em 20 anos – só recebeu até agora US$ 2,6 bilhões dos US$ 6,7 bilhões previstos em seu orçamento para 2009.

Segundo Sheeran, seu programa mal dispõe de um terço da verba necessária para alimentar 10% do total de necessitados. “Para solucionar o problema da fome”, disse ela, “bastaria 0,01% do total aplicado pelos governos no socorro das economias afetadas pela crise financeira global”.

Não é só vergonhoso que, em pleno século XXI, um sexto da população mundial não tenha acesso aos meios para suprir a mais básica das necessidades humanas. É uma terrível prova de que algo vai muito mal com a Humanidade. É também indicação irrefutável de que, tanto quanto outros sistemas econômicos, o capitalismo está longe de assegurar o bem-estar universal, ainda que em bases mínimas – a certeza de que, ao acordar, todos os viventes terão um prato de comida.

O sistema capitalista tem sido o mais eficiente na geração de riquezas. Isso é fato, inclusive em relação aos alimentos. Não é de hoje que a produção de comida, em bases capitalistas, tem sido mais do que suficiente para atender às necessidades alimentares básicas dos seis bilhões de viventes da Terra. Mas o capitalismo e o “livre mercado” falham retumbantemente como mecanismo de distribuição de riquezas. Deixados inteiramente aos seus próprios desígnios, tendem ao monopólio e à concentração de renda. Os mais de 1 bilhão de seres afetados por uma fome sistêmica são a denúncia mais eloqüente dessa falha. Há produção de riquezas, mas não o devido acesso a elas.

Há quem, na defesa de sua ideologia, ainda que em meio a uma das maiores crises da história do capitalismo, encha o peito para louvar os períodos de prosperidade que o sistema vem propiciando. Mas, enquanto um sexto dos seres humanos não tiverem acesso cotidiano nem mesmo a um prato de comida, essa será uma louvação imprestável. Isso que louvam pode ser chamado de qualquer coisa, menos de prosperidade.

Autor: José Paulo Kupfer - Categoria(s): Blog

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Recebi do Véio e é bacana!

Um jovem recém casado estava sentado num sofá num dia quente e
úmido, bebericando chá gelado durante uma visita ao seu pai.

Ao conversarem sobre a vida, o casamento, as responsabilidades da
vida, as obrigações da pessoa adulta, o pai remexia pensativamente os
cubos de gelo no seu copo e lançou um olhar claro e sóbrio para seu
filho.
- Nunca esqueça de seus amigos, aconselhou! Serão mais importantes na
medida em que você envelhecer. Independentemente, do quanto você ame
sua família, os filhos que porventura venham a ter, você sempre
precisará de amigos. Lembre-se de ocasionalmente ir a lugares com
eles; faça coisas com eles; telefone para eles ...
Que estranho conselho! Pensou o jovem. Acabo de ingressar no mundo
dos casados. Sou adulto. Certamente minha esposa e a família que
iniciaremos serão tudo que necessito para dar sentido à minha vida!
Contudo, ele obedeceu ao pai. Manteve contato com seus amigos e
anualmente aumentava o número de amigos.
Na medida em que os anos se passavam, ele foi compreendendo que seu
pai sabia do que falava. Na medida em que o tempo e a natureza
realizam suas mudanças e mistérios sobre um homem, amigos são
baluartes de sua vida.
Passados mais de 50 anos, eis o que aprendi:

O Tempo passa.
A vida acontece.
A distância separa.
As crianças crescem.
Os empregos vão e vêem.
O amor fica mais frouxo.
As pessoas não fazem o que deveriam fazer.
O coração se rompe.
Os pais morrem.
Os colegas esquecem os favores.
As carreiras terminam.

MAS... os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo e
quantos quilômetros estão entre vocês.

Um amigo nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade,
torcendo por você, intervindo em seu favor, e esperando-o de braços
abertos.

Quando iniciamos esta aventura chamada vida, não sabíamos das
incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante. Nem sabíamos o
quanto precisaríamos uns dos outros.

a primeira vez ...

Depois de um papo curto, mas profundo com o véio, resolvi criar meu blog.
Aqui vou postar meio que de tudo, sem muita formalidade, mas também com um pouco de formalismo quando for preciso ...
É isso aí, vamos ver no que dá!